Dino afirma que segurança da posse de Lula será reavaliada após bomba em Brasília
Futuro ministro afirmou que os “acampamentos
patriotas” viraram “incubadoras de terroristas”,.
Futuro ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou
que os procedimentos de segurança da posse do presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva serão reavaliados e reforçados após a tentativa de ato terrorista
com um dispositivo explosivo em Brasília. Em uma publicação nas redes sociais
na noite deste domingo, 25, Dino garantiu que a posse de Lula vai ocorrer “em
paz” e que “o combate a terroristas e arruaceiros” será intensificado.
“A posse do presidente Lula ocorrerá em paz.
Todos os procedimentos serão reavaliados, visando ao fortalecimento da
segurança. E o combate aos terroristas e arruaceiros será intensificado. A
democracia venceu e vencerá”, escreveu o ex-governador do Maranhão em uma
publicação em suas redes sociais.
Embora não tenha assumido oficialmente o cargo,
Dino acompanha de perto os desdobramentos da bomba localizada pela Polícia
Militar do DF em uma estrada de acesso ao Aeroporto Internacional de Brasília.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o principal suspeito de fabricar
o dispositivo, o paraense George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos,
admitiu ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro e pretendia causar “tumulto”
para chamar atenção para sua causa. A participação de outras pessoas está sob
investigação, mas a polícia acredita que ele não agiu sozinho.
Mais cedo, em outras publicações, Dino afirmou
que os “acampamentos patriotas” viraram “incubadoras de terroristas”, e
adiantou que medidas estariam sendo tomadas e serão ampliadas. O futuro
responsável pela Justiça também disse que iria propor que o Procurador-Geral da
República e o Conselho Nacional do Ministério Público formassem grupos
especiais para “combate ao terrorismo” e ao “armamentismo irresponsável”.
A investigação sobre o dispositivo explosivo
está sob a responsabilidade da Polícia Civil do DF, mas o atual ministro da
Justiça, Anderson Torres, afirmou que acionou a Polícia Federal para acompanhar
as investigações e atuar “no âmbito de suas atribuições”. Único nome ligado ao
bolsonarismo a comentar oficialmente o caso, Torres pediu que se aguardassem as
conclusões oficiais para as devidas responsabilizações.
Desde a derrota de Bolsonaro, apoiadores do
atual governo tem acampado no quartel general do Exército, em Brasília, e em
outros prédios vinculados aos militares em diversas cidades do País. Sem
aceitar a vitória de Lula, alguns insistem em pedir um golpe das Forças Armadas
para impedir que o petista assuma o governo.
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