Contrato do período na Fiocruz eleva pressão sobre Nísia Trindade
Atual ministra assumiu
a fundação durante a pandemia e, no front político, enfrenta pressão em torno
do cargo.
Na mira dos partidos do bloco do Centrão de olho na cadeira do Ministério da Saúde, a titular da pasta, Nísia Trindade, enfrenta outro foco de tensão originado da época em que dirigiu a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Investigação antiga do Ministério da Justiça aponta a gestão de Nísia Trindade e outro ex-presidente da fundação, Paulo Gadelha, como responsáveis pelos resultados considerados insuficientes em uma pesquisa encomendada pelo MJ sobre o uso de drogas no Brasil. As informações são da revista Veja.
Entregue em 2019, já na gestão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), o levantamento ouviu 1,6 mil pessoas entre 12 a 65 anos. Como conclusão, apontou que 9,9% dos brasileiros já experimentaram algum tipo de droga ilícita. Os dados foram considerados insuficientes, o que gerou a investigação.
Na esfera política, Nísia Trindade tem o cargo cobiçado porque lidera a execução de um orçamento de R$ 180 bilhões anuais, no qual estão metade das emendas parlamentares – mais de R$ 10 bilhões. Até o meio do ano, apenas R$ 3,3 bilhões foram liberados e cerca de R$ 1bilhão estão bloqueados por impedimentos técnicos.
Processo administrativo rendeu à Fiocruz a cobrança de uma devolução de R$ 11 milhões. Nísia Trindade administrou a fundação duranta a pandemia. O órgão era responsável pela produção do imunizante contra a Covid-19 AstraZeneca/Oxford, em parceria com os fabricantes britânicos.
Para a Controladoria Geral da União, a fundação não entregou a pesquisa como encomendada no contrato com a pasta da Justiça. E essa “inexecução trouxe prejuízos para a o planejamento da política de drogas”. A questão está atualmente sob análise do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União.
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