Abin diz que 35 servidores acessavam software espião no governo Bolsonaro

 


Um total de 11 notebooks que eram usados na agência para rodar esse software foram entregues a PF.

Os nomes de 35 servidores da Agência Brasileira de Inteligênci (Abin) que tiveram algum tipo de acesso à ferramenta FirstMile, o software espião que teria sido usado para monitorar ilegalmente jornalistas e adversários políticos durante o governo Jair Bolsonaro (PL), foram enviados à Polícia Federal.

Um total de 11 notebooks que eram usados na agência para rodar esse software foram entregues a PF. O repasse dos nomes à PF foi feito em 24 de março, pouco mais de uma semana depois de a Polícia Federal abrir inquérito para investigar a suspeita de uso ilegal da ferramenta. O pedido dos nomes havia sido feito pelo delegado da PF Daniel Carvalho Brasil Nascimento, em ofício datado de 22 de março.

Na resposta, assinada pelo número 2 da Abin, Alessandro Moretti, a agência faz uma série de observações no sentido da preservação do sigilo dos dados. “Apesar de a ferramenta ter tido seu uso descontinuado, casos e operações nos quais ela foi utilizada continuam em andamento e os já encerrados permanecem sob sigilo, seja por disposição legal, seja pela necessidade de manutenção da segurança dos servidores dessa agência”, diz o ofício da Abin.

O texto sugere à PF que a relação de nomes e eventuais depoimentos fossem incluídos em autos apartados “A divulgação desses nomes representa risco para os servidores e seus familiares, além de risco para as ações de inteligência desenvolvidas pela Abin”, destacou o departamento de operações de inteligência da agência.

Já os computadores usados com o software FirstMile foram enviados para a perícia da PF nos meses de junho e julho. De acordo com agentes da Abin, esses computadores foram formatados após a descontinuidade do uso da FirstMile, em maio de 2021, mas os dados relativos ao uso foram preservados em um servidor e, posteriormente, encaminhados à PF. Eles dizem que a formatação seguiu um protocolo padrão para possibilitar o uso dos computadores em novas tarefas, negando que dados tenham sido apagados com o objetivo de camuflar o uso do software.

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