Ucrânia recupera todo o território ao redor de Kiev
Nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, em 24
de fevereiro, foram veiculadas imagens que mostravam um comboio russo com
aproximadamente 60 quilômetros de extensão nas proximidades da capital Kiev. Agora,
parte desse comboio se transformou em destroços. No dia 2 de março, os russos
avançavam rumo a Kiev por dois grandes eixos: um Oriental, à leste Dniepre, que
é um obstáculo importante, e avançam em direção à porção Ocidental.
Menos de dez dias depois, em 21 de março, os
russos aumentaram o cerco contra Kiev, mas ainda sem conseguir dominar a
capital ucraniana, que era o principal objetivo das forças lideradas por
Vladimir Putin. Em 25 de março, o que se viu foi o início dos contra-ataques
ucranianos, principalmente a partir da zona Ocidental. O objetivo era impedir
que os russos criassem posições de artilharia a menos de 50 quilômetros do
centro de Kiev. Pouco depois, em 29 de março, novos contra-ataques foram
registrados também no setor Oriental, à leste de Kiev.
No último sábado (2), os contra-ataques
ucranianos forçaram a retirada das tropas russas do entorno de Kiev. A saída do
exército russo foi feita de maneira caótica, provocando situações de massacre
contra civis, como o que ocorreu em Bucha, nas proximidades da capital, durante
o fim de semana.
Sem organização e equipamentos para avançar em
uma ofensiva coordenada, os soldados russos promoveram uma devastação, como
mostra a análise do âncora da CNN William Waack. O mesmo ocorreu em outras
operações militares russas, como na Chechênia e em Alepo, na Síria. Ainda de
acordo com a análise de Waack, o próximo objetivo de Putin é dominar o eixo que
liga Kharkiv às regiões de Donetsk e Mariupol. Se houver êxito nessa missão, os
russos conseguiriam dividir a Ucrânia em duas partes, com uma espécie de
"Ucrânia Ocidental e Ucrânia Oriental".
Fonte: CNN
Brasil
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